O ensinamento do Senhor Jesus é bastante esclarecedor para com as faltas e imperfeições alheias. Mesmo que estejamos frente a prejuízos e ofensas, devemos nos lembrar das amorosas advertências recomendadas pelo sublime Mestre Divino.
Conscientes do objetivo que nos espera, no constante caminho da evolução da alma, devemos entender profundamente os aspectos da justiça divina, não havendo necessidade de ficarmos apegados aos sentimentos prejudiciais decorrentes das atitudes erradas de outros. Fazendo o trabalho que nos compete, podemos caminhar livremente sem os pesados encargos do mal praticado em nome da justiça. Devemos deixar que Deus tome conta de tudo, e compreender que, se algum mal nos alcança, produzindo dores ou sofrimentos, representam intensivos processos de purificação das pendências anteriores. Por isso, devemos manifestar profundo sentimento de gratidão, com resignação e humildade, elevar a alma com pensamentos voltados ao bem de todos.
Compreendemos que o mal sempre resulta em desequilíbrios na alma, à espera de renovação com ações devotadas ao bem. Perdoar imediatamente quaisquer ofensas ou prejuízos recebidos, porquanto as imperfeições são estados ilusórios sustentados pela ignorância das leis de Deus. Há sempre tempo para que o mal praticado se desfaça, notadamente com atitudes realizados ao bem, pois, na ausência de ações benéficas, cabe a submissão às penalidades da divina justiça de Deus. Por vezes moléstias, infortúnios e enfermidades comparecem direcionando relevantes fatores de purificação dos malévolos conteúdos, pendentes na alma.
Todas as ações, atitudes, pensamentos e palavras constituem causas que permanecem armazenadas na alma, podendo resultar em coisas boas ou más. Na mudança para o Mundo Espiritual, a alma transporta todas as causas constituídas, como precioso patrimônio eterno. As más pendências, não apenas entram nos processos de tormento do Espírito, como ainda estarão aguardando oportunidades de retificação, quando convocados à reencarnação em novo corpo na Terra.
Para não sofrer os padecimentos no Mundo Espiritual, pela desencarnação, como também na condição de encarnados, devemos praticar o sublime ensinamento do Senhor Jesus, “perdoa setenta vezes sete”.
Nas orações e preces, envolver todos os que se deixam cair nas tentações dos erros e imperfeições, para que as luminosas forças do amor e luz de Deus os abençoe no caminho de aperfeiçoamento de suas almas.
De maneira geral, a sábia justiça divina encaminha os devedores para acerto junto aos respectivos credores. Na oportunidade do reencontro, os que carregam pesados encargos serão submetidos ao exame da consciência, padecendo ações purificadoras oferecidos pelos que foram prejudicados. Com o perdão divino, os ofendidos não precisariam do doloroso e sofrível reencontro. Libertando-se com atitudes de amor e caridade, na bondade de compreender que os erros foram e são cometidos puramente pela ignorância, desconhecimento das divinas leis de justiça.
No ensinamento do Senhor Jesus consta o mérito de esquecimento de todo mal. No silêncio da prece, rogando aos Céus que façam fluir amor e luz de Deus aos faltosos, na misericórdia de conduzi-los ao conhecimento das verdades de Deus do Evangelho do Senhor Jesus, para que consigam compreender a perfeita atuação da lei de Deus em todas as etapas da vida.