Nas recomendações do Senhor Jesus constam a necessidade de profunda transformação da alma com as qualidades de Deus. Deve-se se prosseguir além dos bons sentimentos inspirados das boas palavras do Evangelho do Senhor. Já temos consideráveis conhecimentos sobre a literatura deixada pelo Senhor, contudo, é importante vivenciá-la em todos os momentos da vida.
Devemos colocar em prática o ensinamento, despojando-nos das impurezas dos erros e imperfeições, modificando pensamentos e atitudes, distanciando cada vez mais das maldades. O Senhor Jesus exemplificou que os mansos e pacíficos herdarão a Terra. Devemos considerar a mansidão e o coração pacífico os meios de salvação da alma. Ouvir atentamente, oferecendo iluminadas palavras de amparo às pessoas, não se deixar levar pela ira e, sendo bastante pacientes e humildes, viver o verdadeiro ensinamento do Cristo na vida.
O maior mandamento da lei refere-se ao amor incondicional a Deus, como ainda “amar ao próximo, como a si mesmo”, constituindo o imprescindível dever de não apenas falar ociosamente palavras sem proveito, porém, praticar o ensinamento do profundo do ser. Temos que enfrentar diversos obstáculos e perigos eventuais do caminho, os quais devemos aceitar com serenidade, crendo na infinita Misericórdia que nos mostra o resultado das obras que realizamos.
No mundo perfeito criado por Deus não existe o mal, significando que devemos compreender apenas o bem, obedecendo incondicionalmente o preceito da lei que nos recomenda, “perdoai aos inimigos” e fazei todo o bem que estiver ao alcance. O sentimento de orgulho armazenado na alma não permite retratar-se do erro cometido, desculpando-se e pedindo perdão pelos ferimentos causados aos semelhantes. Não se deixa entender a necessidade da transformação pela humildade e renúncia. Porém, como sabemos, em algum momento da vida futura, a oportunidade de renovação estará esperando, com as lições do aprendizado nas duras provas das experiências.
A cada momento da vida, lembrando dos preceitos do Senhor Jesus, podemos considerar as atitudes fraternas, solidárias com as necessidades das pessoas, os instrumentos mais adequados à completa eliminação do egoísmo, ampliando conscientemente as qualidades de Deus na alma. Para continuarmos no caminho da ascensão, assimilando árduas lições movidas pelas obras do passado, na necessária transformação dos conteúdos da alma, devemos fazer todo o bem que pudermos.
Com o coração puro e sem nenhuma mancha, oferecendo todo o esforço em prol do bem, é assim que devemos nos apresentar a Deus. A verdadeira religião nos recomenda amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo.
Do profundo da alma, compreendemos a transitoriedade da matéria, a insignificância do poder temporal dos títulos e funções pomposas, onde tudo permanece quando o espírito se transfere ao Mundo Espiritual. A sabedoria que flui dos céus iluminando o caminho, nos direciona viver de acordo com a vontade de Deus. Deus nos concede abundantemente tudo de que necessitamos, porquanto, mesmo os pedidos mais difíceis, sem dúvida, são atendidos. Por isso, nada temos a duvidar sobre o andamento atual da vida, devendo depositar incondicional gratidão e fé em Deus.
As ações que mais agradam ao Deus e ao Senhor Jesus são os benefícios que prestamos aos necessitados em geral, acolhendo e atendendo os pequenos, os abandonados, e a muitos deles, fazendo-os conhecer a bondade e amor de Deus. Como eleitos de Deus, tenhamos o coração puro, sem orgulho, sabendo que para servir a Deus e ao Senhor Jesus, devemos nos empenhar nas tarefas que surgem à frente. Demonstrando amor e sinceridade nas atitudes e ações, procurar acrescentar o máximo de tempo aos serviços de caridade, trabalhando nas Casas de Deus que divulgam o ensinamento do Evangelho. Por certo, o Senhor conhece as ocultas intenções, os sentimentos de recusa ou repulsa de prestar algo mais do que o dever a ser cumprido, deixando considerável recurso de tempo na ociosidade. Como sabemos, a ociosidade em nada contribui, exaurindo e consumindo as preciosas forças concedidas por Deus.
Para alcançar Deus, que está em toda parte, e, ao mesmo tempo, dentro de nós, nunca se esquecer de colocar em prática “o amai-vos uns aos outros” ensinado pelo Senhor Jesus. Para tanto, vamos empregar todo o esforço da vida em prol da felicidade dos semelhantes. Impossível afirmar que se ama a Deus e recusar-se a prestar ajuda, colaboração nos serviços na Casa de Deus, onde se possa devotar todo o coração, justamente trabalhando pela felicidade de toda a comunidade ao redor.